Endocrinologia
& Metabologia
A endocrinologia é a área da medicina que estuda o sistema endócrino, que consiste em glândulas e órgãos que produzem hormônios para regular diversas funções[1,2]. Os hormônios são mensageiros químicos que viajam pela corrente sanguínea e ajudam a regular o metabolismo, crescimento e desenvolvimento, função sexual e outros processos fisiológicos[1,3].
Endocrinologistas são médicos especializados no diagnóstico e tratamento de distúrbios hormonais, como diabetes, doenças da tireóide e distúrbios das glândulas supra-renais, entre outras[1,2]. Eles trabalham em colaboração com outros profissionais de saúde para desenvolver planos de tratamento que podem incluir medicamentos, mudanças no estilo de vida e, às vezes, cirurgia[1].
1 Cleveland Clinic. (2021). Endocrinologist: What Is It & What Do They Do. https://my.clevelandclinic.org/health/articles/22691-endocrinologist
2 The Hormone Health Network. (n.d.). What Is an Endocrinologist? https://www.hormone.org/what-is-endocrinology/what-is-an-endocrinologist
3 National Institute of Diabetes and Digestive and Kidney Diseases. (2019). The Endocrine System. https://www.niddk.nih.gov/health-information/endocrine-diseases/endocrine-system


Diabetes
Diabetes, também conhecida como diabetes mellitus, é uma doença crônica causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o organismo[1,2]. Existem quatro tipos principais de diabetes: diabetes tipo 1, diabetes tipo 2, diabetes gestacional e pré-diabetes[2]. Existem também outros tipos menos frequentes de Diabetes. A diabetes pode provocar danos em vários órgãos se não for tratada[2].
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Diabetes tipo 1: é uma doença crônica, autoimune em que o corpo não produz insulina suficiente. Sem insulina suficiente, a glicose nao entra nas celulas.Podendo llevar a sintomas como sede excessiva, micção frequente, fome constante, perda de peso inexplicável e fadiga[1,2]. A causa exata dessa resposta autoimune ainda é desconhecida, mas fatores genéticos e ambientais podem influenciar. O tratamento da diabetes tipo 1 envolve a administração de insulina por meio de injeções ou bomba de insulina, além de monitoramento frequente da glicemia no sangue e ajuste da dieta e atividade física.
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Diabetes tipo 2: é uma doença crônica em que o corpo não consegue usar a insulina de maneira eficiente ou não produz insulina suficiente para manter os níveis de glicemia dentro da faixa normal [2,3]. Existe uma forte associação do Diabetes tipo 2 e estilo de vida, como falta de atividade física e dieta pouco saudável. O tratamento da diabetes tipo 2 envolve mudanças no estilo de vida, como dieta saudável e exercícios físicos regulares, além de medicamentos. Nos últimos anos muitos medicamentos para tratamento de Diabetes estão disponíveis, ajudando muito no controle da doença. Em alguns casos, pode ser necessario o uso de Insulina.
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Pré-diabetes: Nessa condição em os níveis de açúcar no sangue estão mais elevados do que o normal, mas não o suficiente para serem classificados como diabetes tipo 2 [5,6]. Pessoas com pré-diabetes têm um risco aumentado de desenvolver diabetes tipo 2. O tratamento para pré-diabetes geralmente envolve mudanças no estilo de vida, e em alguns casos, medicamentos também podem ser prescritos.
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Diabetes Gestacional: é uma condição em que os níveis de glicemia ficam elevados durante a gravidez [7,8]. Os fatores de risco para diabetes gestacional incluem excesso de peso, histórico familiar de diabetes, idade acima de 25 anos e ter tido diabetes gestacional em uma gravidez anterior. As mulheres que tiveram diabetes gestacional têm um risco aumentado de desenvolver diabetes tipo 2 após a gravidez.
1 American Diabetes Association. (2021). Type 1 Diabetes. https://www.diabetes.org/diabetes/type
2 Mayo Clinic. (2021). Type 1 Diabetes. https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/type-1-diabetes/symptoms-causes/syc-20353011
3 CDC. (2021). Type 2 Diabetes. https://www.cdc.gov/diabetes/basics/type2.html
4 Mayo Clinic. (2021). Type 2 Diabetes. https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/type-2-diabetes/symptoms-causes/syc-20351193
5 CDC. (2021). Prediabetes. https://www.cdc.gov/diabetes/basics/prediabetes.html
6 Mayo Clinic. (2021). Prediabetes. https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/prediabetes/symptoms-causes/syc-20355278
7 CDC. (2021). Gestational Diabetes. https://www.cdc.gov/diabetes/basics/gestational.html
8 Mayo Clinic. (2021). Gestational Diabetes. https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/gestational-diabetes/symptoms-causes/syc-20355339
A obesidade é uma condição caracterizada pelo acúmulo anormal ou excessivo de gordura. Causas comuns de obesidade incluem genética, influências fisiológicas, ingestão de alimentos e distúrbios alimentares, histórico de peso, hereditariedade, dieta pouco saudável, estilo de vida sedentário, drogas como hormônios esteróides e drogas usadas para tratar condições psiquiátricas, gravidez, falta de sono e parar de fumar.
A obesidade pode levar a complicações graves de saúde, como diabetes tipo 2, infertilidade, pressão alta, doenças cardíacas, certos tipos de câncer (mama, cólon e endométrio), acidente vascular cerebral, doença da vesícula biliar, doença hepática gordurosa, colesterol alto, apneia do sono e outros problemas respiratórios , lombalgia crônica, artrite e artrose principalmente dos joelhos.
As opções de tratamento para a obesidade incluem mudanças no estilo de vida, como aumento de exercícios ou alterações na dieta. A cirurgia é muito ocasionalmente recomendada e os procedimentos de cirurgia bariátrica mais comuns são bypass gástrico, gastrectomia vertical e derivação biliopancreática com duodenal switch.
Procure sempre por informações confiáveis:
https://www.hopkinsmedicine.org/health/conditions-and-diseases/obesity
https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/obesity/symptoms-causes/syc-20375742

Obesidade

Tireóide
A tireóide é uma glândula localizada na região cervical anterior (pescoço) e é responsável por produzir o hormônio tireoidiano. O excesso ou falta desse hormônio pode gerar diversos sintomas e potenciais complicações. Temos receptores de hormônio tireoidiano em todo nosso corpo, dessa forma existem muitas manifestações clínicas possíveis. Quando a tireóide produz pouco hormônio, de uma forma geral, sem tratamento pode levar a complicações cardíacas e alteração no colesterol. Alguns sintomas que pessoas com Hipotireoidismo podem sentir:
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Cansaço
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Sensibilidade ao frio
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Constipação
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Depressão
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Diminuição de memória
O Hipertireoidismo e quando a tireoide produz hormônio em excesso. Nesse caso os sintomas sao diferentes, por exemplo:
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Perda de peso
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Palpitação
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Tremor
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Sensibilidade ao calor
Como a doença tireoidiana pode ser silenciosa, principalmente em estágios iniciais, o adulto deve fazer exames de rotina com hormônios tireoidianos pelo menos a cada 5 anos a partir dos 35 anos ou caso tenha sintomas. Vale ressaltar que os sintomas podem estar relacionados à doença tireoidiana ou não!
Apesar de ter o tamanho de uma ervilha, a glândula hipofisária e de extrema importância. Ela secreta diversos hormônios que regulam diferentes funções no nosso corpo. Doenças na hipófise são raras, e estão mais comumente relacionadas a tumores produtores ou não de hormônios. Os tumores podem ser tratados com medicamentos, cirurgia ou radioterapia. Em alguns casos, podemos só observar o comportamento do tumor ao longo do tempo. Alguns tipos de tumores hipofisários seriam:
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Funcionantes: Produzem diferentes tipos de hormônios, por exemplo:
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ACTH: Leva a Doença de Cushing, levando ao excesso de cortisol. Pode ter como consequência a obesidade, hipertensão, diabetes e fraqueza muscular.
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GH: Tem como consequência, a acromegalia, que pode levar ao aumento das extremidades do adulto, principalmente das pés (com mudança do número do calçado) e mãos. Além de alteração nas feições, diabetes, hipertensão, nódulos na tireoide e problemas no coração. Em crianças e adolescentes, o excesso do hormônio do crescimento causa gigantismo.
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FSH e LH: Geralmente tem um comportamento de tumor hipofisário não funcionante.
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Prolactina: O excesso de prolactina produzida por esse tumor pode levar a secreção de leite pelos mamilos (galactorréia), alterações menstruais e disfunção sexual.
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TSH: O excesso desse hormônio aumenta a produção de hormônio tireoidiano pela glândula tireóide.
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Não Funcionantes: Esse tipo de tumor não produz hormônios. Os sintomas estão relacionados a compressão que colocam na própria hipófise ou estruturas próximas como nervos, principalmente o quiasma óptico.
Procure sempre por informações confiáveis:
https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/pituitary-tumors/symptoms-causes/syc-20350548
https://www.endocrino.org.br/doencas-da-hipofase/

Hipófise

Endo Feminina
O sistema hipotálamo-hipófise-gônadas feminino é muito complexo e importante na mulher. A mulher pode ter acometimentos diversos desse sistema em qualquer fase da sua vida. Algumas doenças são mais frequentes, como por exemplo:
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Síndrome do Ovario Policistico (SOP): Problema que ocorre durante fase reprodutiva. Assim como outras doenças, a SOP pode aumentar a produção de andrógenios. Dessa forma, você pode ter irregularidades menstruais (normal: 21 a 35 dias). A causa da SOP é desconhecida e tratamentos como perda de peso, pode diminuir o risco de complicações como DM2 e doenças cardíacas.
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Síndrome do Climatério: Menopausa ocorre quando a mulher fica 12 meses sem menstruar. Isso pode ocorrer, geralmente, a partir dos 40 anos. Algumas mulheres apresentam sintomas como fogachos, distúrbios do sono e até piora de saúde emocional. O tratamento pode variar desde mudanças no estilo de vida até terapia hormonal.
Procure sempre por informações confiáveis:
https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/menopause/symptoms-causes/syc-20353397
https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/pcos/symptoms-causes/syc-20353439
http://blogdasbemrs.blogspot.com/2016/10/sindrome-dos-ovarios-policisticos-sop.html
As gônadas masculinas, também chamadas de testículos, são responsáveis pela fertilidade do homem. Os testículos são os responsáveis pela produção da maior parte da testosterona nos homens. A gônada masculina também é responsável pela produção de Testosterona que confere as características sexuais masculinas, o aumento de massa muscular, aumento e maturação dos ossos, crescimento de pelos e barba, além da função sexual no homem.
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Hipogonadismo: Quando há falta deste hormônio, o homem pode apresentar sintomas como anemia, diminuição de pelos pelo corpo, calores e palpitações. Caso isto ocorra, é importante que o homem procure um médico endocrinologista, para que sejam feitos exames e a testosterona seja dosada de forma correta. O hipogonadismo é quando os testículos não produzem testosterona suficiente. Existem 2 causas basicas para isso:
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Primário: Quando a doença é testicular.
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Secundário: Significa que o problema pode ser na Hipófise ou Hipotálamo.
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Andropausa: Mudanças hormonais fazem parte do envelhecimento. Diferente da mulher, que tem uma queda brusca da produção hormonal, o homem tem uma mudança gradual, com uma queda de 1% (média) da testosterona por ano, a partir dos 40 anos. Porém, somente 10 a 25% apresentam baixos níveis de testosterona.
Procure sempre por informações confiáveis:
https://www.endocrino.org.br/noticias/campanha-2022-dia-do-homem-2
https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/male-hypogonadism/symptoms-causes/syc-20354881
https://www.mayoclinic.org/healthy-lifestyle/mens-health/in-depth/male-menopause/art-20048056

Andrologia

Doenças Osteometabólicas
As doenças osteometabólicas são um grupo de distúrbios que afetam os ossos e o metabolismo. Essas doenças podem ser causadas por vários fatores, como genética, estilo de vida e nutrição. Algumas doenças osteometabólicas comuns incluem osteoporose, osteomalácia, doença de Paget do osso, entre outras.
A osteoporose é o tipo mais comum de doença osteometabólica. É caracterizada por baixa massa óssea e deterioração do tecido ósseo, levando a aumento da fragilidade óssea e risco de fraturas.
O tratamento para doenças osteometabólicas depende da condição específica e sua gravidade. Pode incluir medicamentos, mudanças no estilo de vida, como exercícios e modificações na dieta, e cirurgia em casos graves.
Disforia de Gênero é o desconforto e sofrimento quando a pessoa não se identifica com o gênero designado ao nascimento ou características físicas relacionadas ao sexo. Esse desconforto pode levar a depressão, ansiedade e desejo de viver como uma pessoa do gênero diferente do designado ao nascimento. Algumas pessoas se sentem bem com acompanhamento não medicamentoso, porém algumas precisam de terapia hormonal para boa resposta ao tratamento.
Pessoas que sofrem com Disforia de Gênero experienciam uma marcante diferença entre identidade de gênero e o gênero designado ao nascimento por pelo menos 6 meses. O tratamento deve ser multidisciplinar e pode incluir a terapia hormonal para adequação do gênero.
Procure sempre por informações confiáveis:
https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/gender-dysphoria/symptoms-causes/syc-20475255
https://www.endocrino.org.br/mensagens-i-campanha-visibilidade-trans/
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